20/06/2020
O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nesta sexta-feira (22) nota em que alerta os possíveis danos à saúde que a utilização de estruturas para desinfecção com saneantes aplicados diretamente sobre a pele e as vestimentas pode trazer para a população.
A manifestação da autarquia tem como objetivo esclarecer notícias veiculadas sobre o uso desse tipo de estruturas (câmaras, cápsulas, cabines e túneis) para a desinfecção de pessoas com o suposto objetivo de prevenir infecções pela COVID-19. “Até o momento, não há nenhuma evidência científica que comprove a eficácia do uso desse tipo mecanismo”, reforça o documento.
Para o CFM, os produtos químicos supostamente utilizados nessas estruturas são eficazes para desinfecção exclusiva de objetos e superfícies. “A nebulização ou aspersão de produtos classificados como saneantes no corpo humano têm potencial para causar lesões dérmicas, respiratórias, oculares e alérgicas”, alerta o CFM.
Além disso, o uso dessas estruturas “pode dar aos cidadãos a falsa sensação de segurança, levando-os a negligenciar práticas de prevenção convencionais, como a lavagem frequente das mãos com água e sabão (ou álcool gel), a desinfecção de superfícies, e o uso de máscaras”.
A autarquia lembra ainda que não existe qualquer produto aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) destinado à “desinfecção de pessoas”, conforme destaca a Nota Técnica nº 51/2020, daquela autarquia.
Confira a íntegra do documento aqui.
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